em doze de agosto de 1992, sempre que preparava uma infusão de chá em teu loft de Nova York, o músico John Cage teve um ataque mortal. “Um dos grandes homens deste século, alguém que conseguiu combinar e exaltar, com rigor e pureza, os sinais e vestígios de numerosas maneiras.
Sorrindo”, escreveu o compositor italiano Luciano Berio, depois da morte de seu amigo. “Nunca pensou em si mesmo, porém a todo o momento foi fiel a si mesmo. O amava tudo e não amava nada”, comentou Alexina Duchamp. Esse ano se comemora o centenário do nascimento de Cage (Los Angeles-Estados unidos, 5 de setembro de 1912) e se cumprem 20 anos de tua morte. Com esses dois cabides, meras desculpas jornalísticas, vamos selecionar muitas das obras musicais mais belas, sorpresivas e radicais em sua ternura que nos deu o anarquista do silêncio.
1. Water Walk. Janeiro de 1960. Programa de relevisión a CBS I’ve Got A secret. John Cage como performer em um magazine televisivo, onde o público aguardava achar protagonistas duvidosos, com algum segredo pra compartilhar. 2. In a Landscape (Agosto de 1948). Interpretada (piano) por Stephen Brooks.
3. Concerto for piano and orchestra (1958). Orchestre Philharmonique de Radio Flamande. Partitura do concerto. A fração de baixo corresponde ao piano. Cage queria abrir a música da intervenção aleatória do azar e começou a utilizar o I Ching, o milenar livro de adivinhação taoísta, com base nas mutações do mundo e da existência, como aliado para compor. Esta decisão mudou o futuro da música e predisse a enorme parte dos movimentos ambientais e de trance, que continuamos a ouvir hoje.
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A música de percussão de Cage é tão intrigante como as suas obras pra piano. Em 1942 escreveu Credo in US, com apoio nas improvisações do jazz —chegou a tocar a canção com Ornette Coleman, pai do free—. 5. One2 (1989). Interpretada por Margaret Leng Tan.
Algumas obras de Cage só são capazes de ser interpretadas por virtuosos de primeiro grau, dada o defeito técnica que envolvem (sons, sons-sem-som, sons-sem-som-associados-a-sons-com-som, protoarmónicos…). Os Freeman Etudes pra violino (1977-1990), a título de exemplo, obrigam o intérprete a sustentar uma mesma nota durante até 7 minutos, “sem a mais mínima variante”, de acordo com as instruções do compositor (há uma soberbía interpretação de Irvine Arditti).